Iniciando a busca por uma adaga cara para caramba do outro lado do mundo

Oh, eu ainda estava triste por ter feito Dygori ( a rainha tribufu me contou) desmaiar. Suspirei pesadamente. Ia até o outro lado da floresta apenas para comprar uma adaga! Veja bem, as coisas deviam ser mais perto umas das outras.
Andei, andei, andei, andei. Quem diria que essa floresta era tão extensa?
Por puro tédio, peguei meu arco novo e mirei em uma maçã que estava em uma árvore. Acertei, é claro. Já disse que sou uma arqueira de verdade? Não? Pois EU SOU UMA ARQUEIRA DE VERDADE! UHHU! TOMA, LOUISE! Há, toma, toma, toma! Comecei a dançar de alegria. Ok, isso é muito ridículo. Melhor parar de dançar dancinha da alegria, que Leo me ensinou e...
Ah, Leo, meu irmão tosco e mais velho.. Por que ele tinha que desaparacer? Ele tinha saído para caçar... e nunca mais voltou. Me lembrei das palavras dele: "Ah, Mary, sem drama. Depois eu volto e te ajudo a construir um arco. E, por favor, se Louise vier, pise no pé dela por mim"
Ouvi um gruinhido. Seria humano? Parecia um berro. Olhei em volta. Cara, a minha flecha havia perfurado a maçã... então onde ela caiu?
Céus, caiu em alguém. Quem?

Hum... O homem tinha cabelos grisalhos e olhos azuis muito vivos. Tinha uns quarenta anos.
-Depende. Quero saber onde está minha flecha, moço. -falei.
-Responda primeiro a minha pergunta, que responderei a sua.
-Aff... Okay, mas depende do tipo de missão. Se for suicída, tô fora, mas se for para ganhar alguma coisa boa (tipo dinheiro ou comida), tô dentro, podes crer. -respondi.

-Ok. Mas o que ganho com isso? -perguntei. -E por que quer a minha ajuda? Nunca me viu antes, eu acho.
Estava desconfiada. Um gordão vinha e me oferecia uma missão. Ok, ok. As pessoas devem ser generosas e blá blá blá. Só que isso NÃO é um conto de fadas, e hoje em dia, quem faz alguma coisa que não seja para ganhar outra?
Atá por que, o tempo de Leo podia estar acabando...

-Tudo bem. Mas quero também um bolinho que dá mais força. Onde encontro você depois de matar os bichinhos? -falei.
-Siga sempre na direção Norte, e encontrará a casa de madeira. Estarei por perto...
-Okay, até mais, hasta la vista, buenos dias, adios, bye.
Saí correndo em busca dos bichinhos... Ouvi um estalo. Uhhu! Seriam mais monstros? Tomara...

Péssimas opções. Eu queria fazer os dois... mas resolvi ir na direção do grito. E se eu encontrasse algum monstro? Ou uma pessoa? Qualquer coisa, estaria preparada com o arco a mão, e pronta para correr. Ouié, eu ia acabar com a raça de qualquer monstro que se metesse na minha frente. Empunhei o arco e corri na direção do grito.

Há, até parece que não me conhecem: é claro que eu ia matar o monstro! Tipo, EU, Mary Anne Valdez JAMAIS abriria mão de 250 reais, tá? Ser mão de vaca é de família... duvida? Experimenta pedir 5 centavos pro meu pai. Ele vai fazer um discurso sobre economia e blá blá blá... resumindo: ele NUNCA dá nada de dinheiro, a não ser que minha mãe fale, daí ele faz. As mães tem dons sobrenaturais sobre filhos e pais...
Mirei no monstro, que era muito fofo... quase não o matei, mas pensei no meu bolinho, e soltei a flecha.

Ele era fofo, mas NINGUÉM empurra um Valdez e sai impune! Ninguém, OUVIU BOLINHA NOJENTA? Arrrrrrrghhhh! Eu estava bufando de raiva...
E, se você conhece os Valdez, sabe que NUNCA SE DEVE deixar um bufando de raiva! N-U-N-CA, entendeu? Ou quer que eu faça mímica? Ou desenhe?
Furiosa, lancei mais uma flecha na bolinha malvada. Eu sabia que ele ia desviar, por isso, no último instante, apontei a flecha um milímetro para o lado. Ok, foi um pouquinho mais do que um milímetro... Mas se você é inteligente, entendeu.

Ohôhô! Mary Anne Valdez tem jogo de cintura, meu bem! Acha o quê Que me empurra e sai impune?
Meu filho, estamos falando de uma Valdez! Uma vez, uma mosca voôu em volta do meu pão de queijo. Somente por ter dado uma volta e me distraído, dei-lhe um tapão com força e bem rápido. Acertei, É CLARO!
Essa bolinha fofa e malévola não perdia por esperar. Humm... vejamos, se um fosse uma bolinha de gude gigante com asas, o que eu faria se uma menina alta e desengonçada atirasse em mim?
Pensaria que ela ia repetir o truque, e iria para o lado contrário do qual ela estava pensando, pois eu sabia que ela sabia que nós sabamos que todo mundo sabia
Ok, ficou confuso...
Há, mas eu sabia o que fazer!
Mirei na bola de basquete azul voadora.
Mudei a posição ligeiramente, como antes.
Fiz um movimento que dava a entender que eu ia atirar.
Mas, no último segundinho, mirei para o outro lado (um pouco, né, não sou tão burra assim).

Realmente, quem a bolota nojenta pensava que era? Eu ia arrancar as tripas dele, se fosse necessário. (N/Z- A propósito, eu imploro para a dona desse fórum aqui que nos proíbe do narrar que agilize minha vitória, por que eu ainda tenho mais quatro dessas coisinhas voadoras para vencer e é muito chato lançar flecha, esperar, lançar, esperar resposta... )
Lancei mais uma flecha. Sério, se eu não acertasse, eu ia simplesmente pôr meu plano em prática. O Plano B.